2.6.25

MIEDO (soneto)

¿Por qué temor de todo ya me escondes,
si yo te invento, pero no te adoro?
¿Por qué si vienes, viene igual mi lloro,
y, con frío, la piel me correspondes?

Te hablo, y en puros ecos me respondes,
mientras que, con el grito más canoro,
te pido, cuando luego me incorporo,
que me supongas fuerte y no me rondes…

Ve la estela de mis pasos, que me muevo
a todas partes… ¿ando a pie o me elevo?
¡Pero tu sombra para atrás me lanza!

Ve que la vida joven no me alcanza,
que contigo, entre dudas se abalanza,
que sin ti, todo aprueba y yo me atrevo…

Osfelip Bazant

sonetos de Osfelip, poemas de cuentaunsoneto


29.5.25

IDÍLIO (pt)

Que o meu silêncio fale-te ao teu ouvido,
que diga quanto te amo, assim calouro,
que só me transfiguro em luz, em ouro,
e em sonhos vivo apenas sem sentido.

Que seja canto tudo o que é um latido,
que às rosas cantem aves sobre o Douro,
que cuidarei melhor do que um tesouro
deste amor que me deu o gentil Cupido…

Ai, amor, já me sinto ilusionado!
De grão em grão, no campo, semeemos:
mil prantos, cem suspiros, dez risinhos.

Ai, amor, já me sinto enamorado!
Voltemos de mãos dadas, e juntemos:
mil abraços, cem beijos, dez carinhos.

Osfelip Bazant


Revê a versão deste soneto em espanhol "Idilio".
Nota: O segundo verso pode ser
 "
que diga quanto te amo, sem mau agouro".
E podes trocar "ilusionado" por "ilusionada", bem como "enamorado" por "enamorada".

QUEM SOU EU?

Eu sou no mundo alguém que pouco vive,

alguém que sonha com viver poesia,

alguém que gosta de escrever no dia

os meus desejos, os que tenho e tive.


Eu sou no mar as águas e o declive,

e, no vento, o ar que leva a maresia, 

e, no fogo, uma chama fugidia...  e a semente, nas terras, inclusive... 

Quem me dera ficar eu sempre assim!

Nem por dinheiro, nem por todo o ouro

eu troco a minha vida ou dou-lhe fim.


Quem me dera que eu possa aos demais

dizer tudo o que sinto, sonho, agouro!

Mas falo pouco porque escrevo mais. Osfelip Bazant


27.5.25

DIZ-ME

Diz se a pesar de tudo queres ter-me
com estas sobras com que a vida abrigo,
que ainda assim me adoras sem perigo
de optares por dinheiro ou bens perder-me.

Diz-me se quando eu peça em sonhos ver-me
não terei a tua recusa ou o teu castigo
porque não estou certa no que digo
porque não estás certo em entender-me.

Diz se vieste aqui, por mim, contente,
onde de quando em quando choro um rio,
devido à lã que fia a minha sorte.

Diz-me inclusive, com aberta mente,
ainda na doença, medo ou frio,
se com amor persegues-me na morte.


Osfelip Bazant

Revê a versão deste soneto em espanhol "Dime"
Nota: podes trocar "certa" por "certo", e vice-versa "certo" por "certa", nos versos 7 e 8. 

SE CALHAR UMA VEZ

Passaste o monte, as quedas nunca nuas,
pra andar’s à minha beira toda a vida,
mas não deu porque eu dava a despedida
ao lar nas sombras últimas das luas…

Mesmo antes que chovessem gotas cruas
e fundissem as poças por subida…
Só cartazes, com alma comovida,
pus-me a fixar pra te buscar nas ruas…

O azar na minha sorte: já era tarde,
escura luz que só aos bocados arde
pra ficar desligada, esperarei…

Mas de repente eu soube, à tua maneira,
com vontade de amar na vez primeira,
que agora entre edifícios por ti irei.

Osfelip Bazant


Revê a versão deste soneto em espanhol "En algún tal vez". 

MANOBRA DO SONETO

“Como faço um soneto velozmente?”
Perguntas-me tu sempre sem parares,
e profiro: “sem muito que pensares
se escrevesses o que a tua alma sente. 

Portanto, quer feliz, quer tristemente,
com calma chama-a, e sem duvidares,
pra que em catorze versos pelos ares
ao mesmo tempo surja e se apresente.

Considera esparzi-la em quatro estrofes:
em dois quartetos, e mais dois tercetos,
com melodia à risca, sem tribofes.

E afinal, para os teres bem completos,
conta o fio de sílabas que estofes...
E já que sabes... Diário faz sonetos!”

Osfelip Bazant


Rev
ê a versão deste soneto em espanhol "Maniobra del soneto".

MIEDO (soneto)

¿Por qué temor de todo ya me escondes, si yo te invento, pero no te adoro? ¿Por qué si vienes, viene igual mi lloro, y, con frío, la piel me...

Etiquetas

¿cómo escribir un soneto? ¿cómo se hace el soneto fácilmente? ¿Quieres andar conmigo? acróstico acrósticos amor a primera vista amor inteligente amor pese el destino amor puro amor sin importar el dinero asedio Como escrever um soneto contaumsoneto coronavirus COVID-19 cuentaunsoneto Dafnis y Cloe Dafnis y Cloe de Longo democracia: votante y gobernante y sociedad el primer amor En tu ausencia (acróstico) eres mi fuerza estás en mi mente frases de amor historias de horror Jesús de Nazaret metapoesía metasoneto o soneto Osfelip Osfelip Bazant palabras con letra eme pandemia COVID persecución piensa bien el amor poema poema a Dante poema a Jesús poema de amor poema del engaño amoroso poema en tautograma poema moderno poema político Poema religioso poema sobre COVID-19 poema sobre el poema poemas poemas a la demeocracia poemas a Sor Juana poemas amorosos poemas clásicos poemas de amor poemas de amor em português poemas de desamor poemas de Osfelip poemas de Osfelip Bazant poemas de terror poemas de varios temas poemas e sonetos poemas em português poemas en acrósticos poemas inéditos poemas románticos poemas tristes poemas trsites poesía de amor poesía de desamor poesía de terror poesía religiosa poesía varios temas primera cita primeros sonetos reciprocidad SARS-CoV-2 sonetidilio soneto soneto a Dante Alighieri soneto a Jesucristo soneto a Sor Juana soneto de amor soneto de desamor soneto místico soneto político soneto romántico soneto sobre pesadillas soneto tautograma Sonetos a la democracia Sonetos acróstico sonetos amorosos sonetos clásicos sonetos de amor sonetos de amor e desamor sonetos de desamor sonetos de Osfelip sonetos de Osfelip Bazant sonetos de terror sonetos de varios temas sonetos em português sonetos en portugués sonetos inéditos sonetos sencillos sonetos sobre el soneto sonetos tristes Sor Juana Inés Sor Juana Inés de la Cruz tautogramas todo por amor vayamos

Arquivo do blogue